Em meio à rotina agitada dos grandes centros, a busca por mais comodidade e rapidez no preparo das refeições é uma tendência. E a indústria de alimentos refrigerados e congelados já sente os impactos desse movimento. Afinal, contar com produtos prontos ou de fácil consumo é a aposta de quem não tem muito tempo para se dedicar à cozinha.
Uma pesquisa da Kantar Worldpanel destaca que 61% das pessoas no Brasil consomem alimentos congelados com frequência, quase o dobro do registrado em toda a América Latina, com 33% do total. O resultado é uma indústria em expansão. De acordo com um levantamento da Mordor Intelligence, esse mercado deve crescer, no mundo, 4,13% ao ano até 2029.
Os números são positivos, mas também acendem alertas: diante do crescimento do setor, o que fazer para reduzir o impacto ambiental causado tanto pelas embalagens dos produtos quanto pelo consumo de energia elétrica e outros insumos para a sua produção, transporte e armazenamento?
O impacto ambiental da refrigeração na indústria de alimentos
A refrigeração na indústria de alimentos promove impactos ao meio ambiente em diferentes perspectivas. Uma das principais é o consumo de eletricidade: dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente divulgados pela Abrava (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento) mostram que 75% dos gastos com um sistema de refrigeração são destinados à energia elétrica.
O transporte dos alimentos, quando realizado com veículos movidos a combustíveis fósseis, resulta em emissão de gases de efeito estufa. E ainda se somam a esses impactos todos os resíduos gerados pelos equipamentos de refrigeração e pelas embalagens dos produtos, além do desperdício de alimentos quando não há o controle correto da temperatura.
Economia circular na cadeia do frio
Diante dos diversos impactos ambientais relacionados à refrigeração, existem diferentes iniciativas sustentáveis que podem ser adotadas para reduzi-los. Uma delas é a economia circular na cadeia do frio, na qual usa-se a logística reversa para transformar resíduos que seriam descartados em novos produtos para diferentes aplicações.
No Grupo Flexível, por exemplo, as espumas rígidas usadas para o isolamento térmico em refrigeradores, freezers e outros equipamentos são separadas, trituradas e recicladas de duas formas. Na reciclagem mecânica, são aglomeradas e formam novos produtos, como painéis termoacústicos e enchimento de portas. Já na reciclagem química, são degradadas para a produção de um novo poliol que serve de base para outros sistemas.
A economia circular na cadeia do frio oferece diferentes vantagens, a começar pela redução dos custos com o transporte e as taxas de aterro para o descarte desse material. A medida também reduz a pegada de carbono e é um importante diferencial competitivo para empresas comprometidas com a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança).
Pegada de carbono e tecnologias para um setor mais sustentável
A redução da pegada de carbono é um dos principais desafios da cadeia do frio e há várias práticas que podem contribuir para esse fim. Uma delas é a adoção de energias renováveis, a exemplo da solar e da eólica, em galpões de armazenagem, distribuição e comércios. Os biocombustíveis e a eletrificação também são soluções para a frota.
Em relação aos equipamentos refrigeradores, há tecnologias inovadoras que proporcionam mais sustentabilidade, a exemplo do poliol de fontes renováveis, atrelado a um sistema do Grupo Flexível, que reduz a pegada de carbono e a emissão de gases de efeito estufa, uma vez que é produzido a partir de fontes vegetais. Esse sistema, combinado com o HFO, gera espumas com melhor fator de isolamento térmico, promovendo a eficiência energética no segmento da cadeia do frio.
Já na ponta da cadeia, a escolha por embalagens fabricadas com materiais recicláveis ou biodegradáveis não apenas reduz o impacto ambiental como conquista consumidores cada vez mais atentos à sustentabilidade ao escolher seus produtos e marcas.
Em um momento de expansão desse mercado, a sustentabilidade na indústria de alimentos refrigerados é essencial para um crescimento alinhado às boas práticas ESG, que conquista o cliente e reduz custos. Confira em nosso blog mais conteúdos sobre economia circular e eficiência energética na cadeia do frio!