Assim como já destacamos aqui no nosso blog, o poliuretano é um dos componentes mais importantes para a cadeia do frio. Ele é amplamente utilizado na formulação de espumas rígidas, que são estruturas presentes nas máquinas térmicas (como geladeiras, freezers industriais e câmaras frias), e que tem como função principal a manutenção das temperaturas.
Empresas que tem como core business a construção/venda de equipamentos e estruturas que focam no controle térmico, especialmente das baixas temperaturas, sabem da importância do poliuretano para essa tarefa de manutenção do frio, e é isso que pretendemos apresentar para você neste texto. Confira agora quais são as aplicações do PU na fabricação das câmaras frias e descubra quais são as características que fazem deste polímero um componente essencial para a indústria do frio.
Onde o poliuretano está presente nas câmaras frias?
O PU é um polímero muito versátil. Sua aplicação industrial é bem variada e, para as empresas que operam na cadeia do frio, é utilizada em forma espuma rígida. Essas espumas são utilizadas para revestir camadas internas das paredes de uma câmara frigorífica e dar suporte para manutenção das baixas temperaturas, que são criadas pelo motor refrigerador. As espumas rígidas estão presentes não apenas no interior das paredes, mas podem revestir os condutores de gás refrigerante e também componentes da câmara.
Por que o poliuretano é tão importante para a cadeia do frio?
Existem uma série de fatores técnicos que fazem do poliuretano um polímero muito utilizado pelas empresas que operam na cadeia do frio. São eles:
1. Valor de fator K baixo
Vamos começar pelo principal. O fator K nada mais é do que uma medida criada para classificar a condutividade térmica de um material. Quanto maior o potencial de conduzir troca de calor, melhor o fator K. Por possuir baixo fator K, o poliuretano é excelente em manter a temperatura estável, o que é imprescindível para qualquer ambiente termicamente controlado, seja ele dotado de motor térmico (como uma câmara de frigorífico) ou sem motor, como um carrinho de picolé.
O poliuretano é, sem dúvida, um bom isolante térmico, mas seu fator K vai depender do processo de formulação. A condutividade de uma espuma rígida de poliuretano é influenciada por fatores como:
- Convecção;
- Radiação;
- Densidade;
- Condutividade do gás aplicado na formulação do polímero.
2. Auxílio na redução do consumo de energia
Em um ambiente onde há muita troca de calor, o motor vai ser bem mais exigido, e isso significa mais gasto energético. Para evitar o consumo exagerado de energia, vale a pena usar um revestimento capaz de manter a temperatura mais baixa. Por possuírem baixo fator K as espumas de poliuretano são aplicadas como revestimento das câmaras frias, freezers, carrinhos de sorvete e geladeiras. Ao manter o frio, o PU ajuda a diminuir a constância com que a máquina térmica é acionada para regular a temperatura, e isso gera menor consumo energético.
3. Friabilidade
Friabilidade é o fator que mede a capacidade de um material de se fragmentar em caso de choque mecânico, por exemplo. Materiais aplicados para isolamento térmico devem ter baixa capacidade de fragmentação, afinal, o material “quebrado em pedaços” tem menor capacidade de reter a baixa temperatura. O poliuretano possui baixa friabilidade, ou seja, ele não se fragmenta e ainda é capaz de resistir sem problemas a alguns choques mecânicos, por isso ele é utilizado em câmaras frias. Por se tratar de um local com concentração e estocagem de produtos, além de haver circulação de pessoas, as câmaras não podem ser revestidas com algo muito frágil. Ponto para o PU que faz uma ótima apresentação nesse quesito.
4. Adesividade
O fator de adesividade mensura a capacidade de um material aderir a outro, do mesmo jeito como ocorre com um adesivo tradicional. O PU é um polímero muito versátil, e sua formulação não precisa dar origem apenas a produtos sólidos. As superfícies de contato de uma câmara fria também podem receber uma camada de poliuretano para ampliar o controle térmico, valendo-se da alta adesividade do polímero.
Você sabia? Lei exige substituição do gás utilizado na formulação do poliuretano até dezembro de 2019!
Um dos desafios mais importantes das indústrias que trabalham com poliuretano é a troca dos gases utilizados para a formulação do PU. No dia primeiro de janeiro de 2020 encerra-se o prazo para que as indústrias realizem a troca dos gases do tipo HCFC por formuladores que não agridam a camada de ozônio.
Os agentes expansores à base de HCFC foram uma solução paliativa na troca dos CFCs, que eram muito mais nocivos. Contudo, agora chegou a hora de cumprir a meta do Tratado de Montreal e extinguir de vez o uso de agentes agressivos à proteção da nossa atmosfera.
O melhor substituto são as hidrofluorolefinas, conhecidas como gases HFO. Tratam-se de agentes expansores com potencial quase nulo de agressão ambiental, com melhor custo benefício, maior rentabilidade e mais segurança.
A Flexível é pioneira na comercialização do HFO no Brasil. Antecipe as necessidades da sua empresa, não deixe para 2020 a troca dos agentes expansores.
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