Considerado um dos melhores isolantes térmicos do mundo, o poliuretano é o principal material empregado na fabricação de câmaras frias. Ao garantir um perfeito isolamento, é possível economizar em energia e tornar o negócio mais competitivo, mantendo os produtos perecíveis, materiais e insumos nas condições certas de armazenamento. Ao prover estrutura mecânica e rigidez, o PU também oferece uma importante contribuição estrutural e estética ao produto.
E como é feita a aplicação do PU na fabricação de câmaras frias?
O poliuretano pode ser utilizado de duas formas: no preenchimento das cavidades das chapas metálicas, que posteriormente vão formar os painéis da câmara fria, e também como um tipo de adesivo para colar e fixar esses painéis. Ambas as soluções são líquidas, porém com diferentes métodos de aplicação.
Como é a fabricação dos painéis
A montagem das câmaras frias geralmente é feita in loco, permitindo que os painéis sejam fabricados em processo contínuo e descontínuo. No processo contínuo, que costuma ser mais eficiente e econômico, as bobinas de aço são posicionadas nos equipamentos, passam pelo processo de dobra e em seguida vão para o canal de injeção. É neste momento que o poliuretano é injetado pelo sistema de “flauta”, conhecido como gotejamento, fazendo o preenchimento dos painéis. O produto deve estar adequado aos tempos do canal de injeção, além de apresentar ótima fluidez e reatividade dentro do tempo da bandeja. Depois de entrar no túnel da prensa, onde ocorre a reação e cura, o produto sai pela extremidade para ser feito o corte.
No Brasil, o processo mais utilizado é o descontínuo, no qual os painéis chegam ao fabricante com o produto para gabaritar na prensa para injeção. As chapas são colocadas na prensa, já com a dobra feita. Neste método, é preciso redobrar os cuidados no momento da preparação para evitar problemas com espessura, retrabalhos de limpeza e erros na posição dos painéis, que podem comprometer o resultado. No processo descontínuo, a injeção pode ser feita de duas maneiras. Na forma longitudinal costumam ser utilizados equipamentos volumétricos, que fazem a injeção por sistema de “vara”. É um processo eficiente, pois garante maior uniformidade na distribuição do poliuretano nas duas extremidades. No entanto, ele necessita de um espaço maior para montar o sistema, que também pode ser automatizado. A injeção lateral também utiliza equipamentos de baixa pressão, neste caso adaptados para a lateral da prensa.
Antes de iniciar, é importante estabelecer o plano de injeção, que ajuda a evitar desperdícios com excesso de massa em cavidades diferentes, além de inibir vazamentos. Além das câmaras frias, o poliuretano garante o isolamento térmico em outras demandas da chamada Cadeia do Frio, como caminhões, tanques frigoríficos e refrigeradores comerciais e industriais. Com excelente fator K, o PU garante a eficiência térmica necessária para o armazenamento e transporte de produtos nos principais segmentos de mercado com qualidade e segurança.
Leia também >> Câmaras frias mais econômicas com o poliuretano