Melhorar a eficiência e agregar valor na produção de palmilhas está entre os principais desafios do segmento calçadista brasileiro. O emprego de novas matérias-primas e métodos produtivos, como as palmilhas de poliuretano, permite acelerar a fabricação deste item essencial para o setor a partir de um processo em que produtividade e rentabilidade andam juntos. Afinal, além de atender o mercado interno, as indústrias do setor precisam estar preparadas para suprir as exigências do mercado externo, como um grande exportador mundial.
Conforme a Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados), no acumulado dos dez meses de 2023, as exportações somaram 102,45 milhões de pares e US$ 1 bilhão. Os principais destinos dos calçados brasileiros são a Argentina, os Estados Unidos e a França. Só em partes de calçados - cabedais, palmilhas, solados, etc - as importações até outubro somaram US$ 23,74 milhões, mostrando a força desse segmento.
Quais são as demandas desse mercado?
Via de regra, o consumidor busca preço, conforto e qualidade em um calçado, o que impõe aos fabricantes a necessidade de oferecer soluções que atendam a esses requisitos. Assim, as palmilhas desempenham um papel essencial nesse contexto, já que têm a função de proporcionar conforto e proteção na interface entre o pé e o calçado, sendo elementos essenciais para conquistar espaço no mercado.
Como as palmilhas em PU podem melhorar a eficiência do meu negócio?
As palmilhas de poliuretano, compostas pela combinação de poliol, isocianato e outros reagentes, oferecem benefícios significativos ao processo produtivo. Esse material possibilita ganhos substanciais de produtividade, graças a um processo ágil e flexível, adaptável a diversas necessidades.
A solução injetável permite ser ajustada à realidade fabril, considerando sua estrutura, número de funcionários e capacidade produtiva. A partir da variação dos componentes do poliuretano, são alterados o tempo de cura, de reatividade e desmolde, equilibrando plenamente o ritmo produtivo para atingir o resultado almejado.
Na formulação básica do PU são utilizados de 7 a 9 componentes de poliol e de 2 a 4 de isocianato. Alterações nessas concentrações resultam em palmilhas com características distintas, atendendo desde calçados com menor custo final até linhas confort de maior valor agregado. A tecnologia de poliuretano permite a fabricação de diversos tipos de palmilhas injetáveis, como as de conforto, suporte, convencional, visco e entressola, que intermedeia a sola e a palmilha. Essa versatilidade é uma vantagem adicional para o processo produtivo, possibilitando que uma mesma solução atenda a múltiplas necessidades produtivas simultaneamente.
Tecnologia para inovar e surpreender
Essa variedade de possibilidades também permite atender a demanda de mercado por inovação, com a oferta de novos produtos, como é o caso da palmilha visco respirável. Até pouco tempo, esta tecnologia não era produzida no Brasil e estava disponível somente mediante importação. Agora, torna-se uma alternativa viável para estar à frente do mercado e conquistar novos clientes, sendo o principal argumento de venda o excelente fator conforto.
Além disso, as palmilhas em PU empregam menos matéria-prima, tendo assim a rentabilidade como ponto alto. No caso das tecnologias exclusivas do Grupo Flexível para o mercado de palmilhas e solados, o ganho é ainda maior, já que esta solução possui uma rentabilidade 10% maior que a média de mercado, gerando uma economia expressiva na produção. Com a utilização do poliuretano na fabricação de palmilhas, é possível entregar mais em menos tempo, sem perder a qualidade e tornando a capacidade produtiva um diferencial competitivo estratégico.