Quando uma tecnologia é utilizada em grande quantidade, a preocupação com a sua sustentabilidade deve acompanhar seu crescimento. O poliuretano, amplamente presente no cotidiano, desde aplicações residenciais até industriais, não é exceção. Seu descarte, assim como seu uso intensivo, levanta questões importantes sobre o impacto ambiental.
No Brasil, são produzidas cerca de 250 mil toneladas de poliuretano por ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria Química. Com uma demanda tão alta para o mercado, as políticas sustentáveis se ampliaram, principalmente por ser um elemento derivado do petróleo, um recurso que causa danos significativos ao meio ambiente. Um exemplo é o Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs-PBH, que abrange a estratégia de controle, redução e eliminação dos hidroclorofluorcarbonos — elementos químicos responsáveis por destruir a camada de ozônio — por meio de ações realizadas pelo Fundo Multilateral para implementação do Protocolo de Montreal, falamos sobre a importância dele neste blog. Além disso, existem diversas outras ações em andamento ou em fases de pesquisas que poderão tornar o poliuretano cada vez mais sustentável e menos prejudicial ao meio ambiente.
Conheça 4 alternativas sustentáveis que já são realidade para os elementos de PU:
1 - Reuso de resíduos
A reutilização de alguns resíduos de poliuretano já é realidade, propondo novos usos àquilo que iria para descarte. É possível, por exemplo, usar as sobras da produção de solados na criação de solados não celulares. Também é possível reutilizar as espumas flexíveis ou rígidas resultantes de perda por meio da utilização de colas de poliuretano para a produção de aglomerados.
2 - Poliol de fontes renováveis
A novidade mais recente do Grupo Flexível também deixa claro como é possível ser mais sustentável no mercado de poliuretano. O nosso poliol de fontes renováveis, atrelado a um sistema do Grupo Flexível, é produzido a partir de fontes vegetais. Essa fonte reduz a pegada de carbono e a emissão de gases de efeito estufa e, ainda, oferece qualidade absoluta nos produtos produzidos a partir dela.
3 - Reciclagem
Também é possível fazer a reciclagem de alguns tipos de PU, como materiais rígidos e espumas flexíveis através da glicólise. Esse procedimento permite a recuperação de polióis e a criação de novos materiais a partir deles. Na cadeia do frio, por exemplo, é possível realizar a reciclagem química e mecânica, transformando o poliuretano utilizado em matérias-primas ou painéis, que são reintroduzidos na cadeia de valor.
A reciclagem mecânica funciona da seguinte forma: as espumas de poliuretano descartadas são segregadas e trituradas, depois misturadas com adesivo e aglomeradas sob pressão. O material resultante pode ser utilizado em diversas aplicações, como em telhas térmicas, por exemplo. Já na reciclagem química, o processo é um pouco diferente: as espumas rígidas de poliuretano são separadas, trituradas e submetidas à reação de degradação. Ela é totalmente transformada em poliol base após a reação, que pode ser utilizado em novos sistemas como na fabricação de espuma para isolamento térmico.
4 - Logística reversa
A logística reversa é um processo cíclico que permite a coleta e restituição de resíduos sólidos, promovendo o uso eficiente dos recursos, desde a coleta até o reaproveitamento. Embora essa prática possa reduzir custos e minimizar o impacto ambiental, sua adoção ainda é limitada na indústria de poliuretano no Brasil, principalmente devido aos altos custos envolvidos.
No Grupo Flexível, as ações de política ambiental estão integradas a todo o processo de gestão, com respeito ao meio ambiente e à sociedade. Estamos empenhados em reduzir nossa pegada de carbono, investindo em soluções sustentáveis, como a produção de nitrogênio, uso de energia fotovoltaica, entre outras pequenas atitudes que, somadas, fazem uma grande diferença. Para saber mais sobre nossas iniciativas, visite nossa página de Sustentabilidade.